O mês de Outubro foi positivo para os mercados globais de renda fixa e renda variável. Após um início de mês conturbado, com ameaça dos EUA de aumento de tarifas sobre produtos chineses, em resposta à imposição de controles sobre a exportação de terras raras, Trump se reuniu com Xi Jinping. O acordo entre a China e os EUA inclui redução de tarifas de importações sobre produtos chineses e suspensão do controle de terras raras — insumo essencial para a fabricação de eletrônicos e equipamentos militares. O FMI (Fundo Monetário Internacional) revisou para cima sua projeção de PIB global para 2025: de 3,0% para 3,2%; a melhora se deve, em partes, ao impacto menor que o esperado das políticas comerciais dos EUA. Além disso, Trump e Lula se reuniram para negociações, visando chegar a um acordo comercial e redução das tarifas impostas, sem acordos concretos firmados até o momento.

Cenário Internacional

EUA

Nos EUA, a inflação IPC de Setembro ficou abaixo das expectativas, em 0,30% contra uma expectativa de 0,40%; o payroll e o PIB não foram divulgados no mês, por conta da paralização no governo. O FED (Banco Central dos EUA) cortou a taxa básica de juros em 25 bps, para o intervalo entre 3,75% e 4,00%, e o comunicado mostrou divergência entre os membros sobre a próxima decisão, em dezembro; o mercado precificava 100% de chance de corte de juros na última reunião do ano, e a probabilidade recuou para 70% após o comunicado. A taxa de juros de 10 anos, que representa a expectativa para a trajetória da taxa básica de juros definida pelo FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto), foi de 4,15% em Setembro para 4,10% em Outubro, e o S&P 500 valorizou 2,27%.

Europa

Na Zona do Euro, o cenário permanece estável. Conforme o esperado, o Banco Central Europeu (BCE) manteve a taxa básica de juros, e sua presidente Christine Lagarde afirmou que a perspectiva para a inflação está mais incerta do que o habitual. No mês, o IPC anual passou de 2,2% para 2,1%, pouco acima da meta de 2%. O PIB da Zona do Euro, em base anual, presentou crescimento de 1,30% em outubro — a expectativa era de 1,20.

China

Na China, o Banco Central novamente manteve inalterada a taxa básica de juros, em níveis historicamente baixos, conforme o esperado. Houve crescimento de 1,10% do PIB trimestral, contra uma expectativa de 0,80%, porém o número é inferior à meta de crescimento de 5%. O IPC acumulado dos últimos 12 meses, referente a setembro, foi de -0,3%, contra uma expectativa de -0,2%. O país ainda segue num cenário deflacionário, influenciado pelo setor imobiliário e agora pelos conflitos comerciais.

Cenário Nacional

No Brasil, a renda variável apresentou resultados positivos no mês, e os índices prefixados com duration intermediária superaram o CDI. O real continuou em patamares mais baixos em relação ao dólar: os juros altos brasileiros, o ciclo de cortes de juros nos EUA, e o dólar mais fraco globalmente determinaram os movimentos cambiais. No mês, Trump e Lula se reuniram para negociações, visando chegar a um acordo comercial e redução das tarifas impostas, sem acordos concretos firmados até o momento.

No Brasil, a renda variável apresentou resultados positivos no mês, e os índices prefixados com maior duration superaram o CDI. O real continuou a se valorizar contra o dólar: a combinação entre os juros altos brasileiros, na contramão do restante do mundo, e o reinício do ciclo de cortes de juros nos EUA, determinaram os movimentos cambiais. No mês, os EUA voltaram a anunciar sanções contra magistrados brasileiros, porém o discurso de Trump na ONU, logo após, indicou um início de abertura para o diálogo entre as partes.

O IBC-Br apresentou aumento de 0,40%, e a taxa de desemprego permaneceu em patamares historicamente baixos. Além disso, Haddad anunciou que enviaria ao Congresso dois projetos de lei com medidas fiscais, resgatando parte do que estava incluído na MP 1303 (sobre tributação de investimentos) que expirou. As medidas incluem a contenção de gastos, limitação ao uso de créditos tributários por empresas, aumento da tributação a fintechs, aumento da cobrança de IR sobre JCP.

O IPCA de Setembro divulgado em Outubro foi de 0,48%. O IPCA acumulado em 12 meses passou de 5,13% para 5,17%, ainda acima do teto da meta, de 4,5%.

Ao final de Outubro, a mediana das expectativas para o IPCA de 2025 era de 4,55%. Para o IPCA de 2026, era de 4,20%, abaixo do teto da meta estabelecida, de 4,50%. As expectativas para 2025 caíram 0,26% no mês, e para 2026 caíram 0,09%, continuando a trajetória de baixa apresentada nos meses anteriores.

Classes de Ativos

Renda Fixa

Na renda fixa, todos os índices e títulos públicos pré-fixados e pós-fixados apresentaram retornos positivos. Os títulos prefixados com vencimentos intermediários superaram o CDI.

O CDI rendeu 1,276% e a carteira de renda fixa da FASC rendeu 1,260%, ficando -0,016% abaixo do benchmark. O fundo do Itaú apresentou retorno de 1,264%, abaixo do CDI em -0,012%, enquanto o do Santander teve retorno de 1,299%, acima em 0,023% do CDI.

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Renda Variável

Para a renda variável doméstica, os resultados no mês foram positivos. O Ibovespa apresentou retorno positivo e o IBrX-100 se valorizou em 2,10%, enquanto no exterior o S&P 500 subiu 2,27%. O Ibovespa em outubro renovou máximas históricas e se aproximou da marca de 150.000 pontos.

O fundo de renda variável do Santander obteve retorno em linha com o índice, inferior em -0,002%. O resultado acumulado do fundo nos últimos 12 meses é positivo (15,76%), e superior ao IBrX em 0,73%.

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Exterior

O Real se desvalorizou frente ao Dólar em 1,24% no mês. O MSCI World em dólares se valorizou em 1,94%, o que resultou em uma valorização em reais de 3,20%.

O fundo de investimento no exterior do Itaú se valorizou em 3,58% no período, obtendo retorno superior ao MSCI em reais em 0,38%. Nos últimos 12 meses o retorno do fundo é de 13,25%, superior ao benchmark em 1,07%.

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Multimercados

A carteira de multimercados apresentou resultado positivo no mês, de 1,21%, inferior ao CDI em -0,07%. No mês, todos os fundos ficaram positivos, e apenas três deles — os da Genoa, Absolute e Oceana — não superaram o CDI. O acumulado nos últimos 12 meses da carteira de multimercados da FASC permanece positivo, superior ao CDI em 1,65%

Comparativamente ao IHFA (Indice de Hedge Funds AMBIMA) que é uma referência para a indústria de Multimercados, a carteira da FASC supera este índice nos últimos 12 meses (15,34% vs 15,15%) como também em 24 meses (27,17% vs 25,94%).

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