Cenário Macroeconômico

Maio foi um mês positivo para os mercados locais e internacionais de renda variável. Após um mês de abril volátil, devido aos anúncios de tarifas de Trump, os Estados Unidos e a China concordaram em reduzir as tarifas bilaterais por um período de 90 dias, aliviando a disputa comercial. Esse alívio foi benéfico principalmente para as bolsas dos EUA, que se recuperaram das perdas dos meses anteriores. No Brasil, os anúncios do governo sobre o aumento do IOF para operações de crédito, câmbio e aplicações em VGBL foram recebidos de forma negativa.

Cenário Internacional

EUA

Nos EUA, a inflação medida pelo IPC (Indice de Preços ao Consumidor) em abril ficou abaixo das expectativas, em 0,20%, contra uma expectativa de 0,30%; e o payroll, dado de novas contratações, superou as projeções, com 177.000 novas vagas contra uma expectativa de 138.000. O PIB do primeiro trimestre apresentou retração, mas ficou acima das expectativas, com queda de -0,20% — o esperado era -0,30%. No mês, em decisão unânime, o FED (Banco Central Americano) manteve inalterada a taxa básica de juros da economia, no intervalo de 4,25% a 4,50%. Em comunicado, a autoridade monetária destacou que a incerteza sobre as perspectivas econômicas aumentou e que o mercado de trabalho ainda aquecido e a inflação elevada justificaram a decisão. A taxa de juros de 10 anos, que representa a expectativa para a trajetória da taxa básica definida pelo FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto), foi de 4,18% em abril e subiu para 4,42% em maio. O S&P 500 se valorizou 6,15%. Ressalta-se que a alta volatilidade das treasuries tem se mantido.

Europa

Na Europa, o cenário se manteve estável, e a expectativa é de menor risco inflacionário, com uma atividade econômica afetada negativamente pela disputa comercial. No mês, a maioria dos índices de inflação ficou dentro das expectativas. O PIB da Zona do Euro, referente ao 1º trimestre de 2025 em base anual, ficou em 1,20%, em linha com a expectativa. Os dados de inflação na região estão, em geral, bastante próximos da meta, sendo que os núcleos permanecem mais altos.

China

Na China, o Banco Central realizou o primeiro corte de juros desde outubro do ano passado, conforme o esperado. O objetivo é estimular a economia e se antecipar a potenciais consequências do conflito comercial com os Estados Unidos. Por ser o maior parceiro comercial dos EUA, há elevada preocupação com os impactos da guerra comercial sobre a China.

Cenário Nacional

Brasil

No Brasil, as classes de renda variável e de renda fixa apresentaram resultados positivos no mês. O IBC-Br de março, divulgado em maio, apresentou alta de 0,8%, superior à expectativa de 0,5%. A taxa de desemprego caiu, e o emprego formal registrou criação líquida de 257.000 vagas, acima da expectativa de 175.000. O Copom (Comitê de Políticas Monetárias) elevou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, para 14,75%, conforme o esperado. O comunicado e a ata destacaram as incertezas domésticas e globais — a disputa comercial entre os Estados Unidos e a China pode impactar a atividade, a inflação e as decisões de juros de outros países — e o dinamismo da atividade interna sugeriu que a política monetária restritiva ainda não está fazendo efeito. Além disso, as comunicações afirmaram a necessidade de cautela, indicando que o cenário atual exige juros elevados por mais tempo.

Classes de Ativos

Renda Fixa

Na renda fixa, todos os índices e títulos públicos pré-fixados e pós-fixados apresentaram retorno positivo. Os melhores resultados do mês foram dos índices com maior duration, que apresentaram retornos expressivos. O CDI rendeu 1,14% e a carteira de renda fixa da FASC rendeu 1,16%, ficando 0,02 ponto percentual acima do benchmark. O fundo do Itaú apresentou retorno de 1,20%, acima do CDI em 0,06 ponto percentual, enquanto o do Santander teve retorno de 1,10%, abaixo do CDI em 0,04 ponto percentual.

Renda Variável

Para a renda variável doméstica, os resultados no mês foram positivos. O Ibovespa apresentou retorno positivo e o IBrX-100 se valorizou 1,70%. Durante a maior parte do mês, os retornos dos índices de ações foram mais elevados, mas caíram após o anúncio de aumento no IOF pelo governo. No exterior, o S&P 500 subiu 6,75%, mostrando forte recuperação com o alívio nas discussões tarifárias entre EUA e China. O fundo de renda variável do Santander obteve retorno em linha com o índice, inferior em 0,01 ponto percentual. O resultado acumulado do fundo nos últimos 12 meses é positivo (12,90%) e superior ao IBrX em 0,64 ponto percentual.

Exterior

O real se desvalorizou frente ao dólar em 0,85% no mês. O MSCI World em dólares se valorizou 5,69%, o que resultou em uma valorização em reais de 6,58%. A desescalada do conflito comercial dos EUA contribuiu positivamente para os resultados do mês. O fundo de investimento no exterior do Itaú se valorizou 7,31% no período, obtendo retorno superior ao MSCI em reais em 0,72 ponto percentual. Nos últimos 12 meses, o retorno do fundo é de 24,48%, superior ao benchmark em 2,34 pontos percentuais.

Multimercado

A carteira de multimercados apresentou resultado positivo no mês, de 1,41%, acima do CDI em 0,28 ponto percentual. No mês, todos os fundos ficaram positivos, exceto os da Absolute e Gávea, com retorno de -0,02% e -0,81%, respectivamente. Dentre os seis fundos positivos, quatro superaram o CDI: os da Kinea, Oceana, Itaú Hunter e Itaú Janeiro, com retornos superiores ao CDI em 2,93%, 1,85%, 1,70% e 0,85%, respectivamente. O acumulado nos últimos 12 meses da carteira de multimercados da FASC permanece positivo e se tornou superior ao CDI em 1,68 ponto percentual.

Comparativamente ao IHFA (Índice de Hedge Funds da ANBIMA), que é uma referência para a indústria de multimercados, a carteira da FASC supera esse índice nos últimos 12 meses (13,48% vs. 12,88%), bem como em 24 meses (20,19% vs. 19,76%).

Cenário
Desempenho e Rentabilidade | Plano CD

Maio/2025

Super Conservador
1,14%
Conservador
1,38%
Moderado
1,84%
Agressivo
1,88%
Período


mês
ano
Últ. 12 meses
Últ. 24 meses
Últ. 36 meses
Últ. 48 meses
Últ. 60 meses

Super Conservador

Rendimento
1,14%
5,29%
11,83%
25,22%
42,21%
53,50%
55,95%

Benchmark
1,14%
5,26%
11,80%
25,21%
42,09%
53,36%
56,70%

Conservador

Rendimento
1,38%
4,95%
11,97%
25,03%
40,83%
49,71%
54,91%

Benchmark
1,31%
4,99%
12,18%
26,12%
42,98%
51,73%
56,80%

Moderado

Rendimento
1,84%
4,81%
12,63%
26,16%
40,29%
44,36%
56,86%

Benchmark
1,71%
4,84%
12,49%
27,42%
42,81%
46,73%
60,06%

Agressivo

Rendimento
1,88%
6,17%
13,57%
27,37%
38,53%
38,18%
57,25%

Benchmark
1,81%
6,19%
13,34%
29,01%
41,27%
41,66%
62,80%

Alocação Objetivo dos Perfis – Política de Investimentos (2025)
Super Conservador
Conservador
Moderado
Agressivo
Índices de Referência
Período

mês
ano
Últ. 12 meses
Últ. 24 meses
Últ. 36 meses
Últ. 48 meses
Últ. 60 meses

Selic

1,14%
5,26%
11,80%
25,21%
42,09%
53,36%
56,70%

CDI

1,14%
5,26%
11,80%
25,21%
42,09%
53,36%
56,70%

Poupança

0,67%
3,30%
7,55%
15,57%
25,33%
31,97%
33,99%

IPCA

0,26%
2,75%
5,32%
9,45%
13,76%
27,11%
37,35%

IBOVESPA

1,45%
13,92%
12,23%
26,48%
23,06%
8,57%
56,78%

IBRX

1,70%
13,68%
12,26%
27,13%
21,45%
6,35%
57,00%

MSCI WORLD

1,45%
13,92%
12,23%
26,48%
23,06%
8,57%
56,78%

Selic: a Taxa Selic representa os juros básicos da economia brasileira. É determinada pelo Banco Central do Brasil e baliza a política monetária do país.

CDI: Certificado de Depósito Interbancário. Operação de curtíssimo prazo para captação ou aplicação de recursos excedentes entre os bancos, cuja taxa de negociação é muito próxima à Selic.

IPCA: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. É medido mensalmente pelo IBGE para identificar a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumida pela população.

IBOVESPA: o Ibovespa mede o desempenho médio das cotações das ações de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro.

IBRX: o Índice Brasil mede o retorno de uma carteira teórica composta pelas 100 ações mais negociadas na Bolsa de Valores.

MSCI WOLRD (PTAX): o MSCI World mede o desempenho médio de mais de 1.500 ações negociadas em diversos países. É mensurado em Dólar e convertido em Reais pela PTAX de venda, taxa de câmbio reportada pelo Banco Central do Brasil.

Demais meses