O mês novamente foi marcado pelo acirramento das discussões relacionadas às tarifas comerciais dos EUA. As tarifas de Trump sobre as exportações brasileiras entraram em vigor, e os EUA anunciaram tarifas extras de 25% sobre a Índia, em retaliação ao país pela compra de petróleo russo; a União Europeia também considera impor sanções a países compradores de petróleo da Rússia, para pressionar o país por conta da guerra na Ucrânia. O mercado avalia o risco do Brasil ser alvo de sanções, já que a Rússia é nosso principal fornecedor de fertilizantes e diesel.
Nos EUA, a inflação IPC (Índice de Preços ao Consumidor) de julho ficou dentro das expectativas, em 0,20%. O PIB do segundo trimestre ficou acima das expectativas, com aumento de 3,30% — o esperado era uma alta 3,00%. No simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell (Presidente do FED) sinalizou a possibilidade de cortes de juros já na próxima reunião do FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto), e comentou que o mercado de trabalho está desacelerando; além disso, Powell destacou que a inflação ainda está acima da meta de 2%, e que o efeito das tarifas de Trump sobre os preços já são evidentes. A taxa de juros de 10 anos, que representa a expectativa para a trajetória da taxa básica de juros definida pelo FOMC, foi de 4,36% em julho para 4,23% em agosto, e o S&P 500 valorizou 1,91%.
Na Zona do Euro, o cenário é estável, e a economia apresenta sinais de recuperação. O principal destaque de crescimento é a Alemanha, que obteve bom desempenho industrial. Os dados mais recentes mostram a inflação ligeiramente acima da meta, por conta do aumento no preço de alimentos e serviços.
Na China, o Banco Central novamente manteve inalterada a taxa básica de juros, em níveis historicamente baixos, e em seu relatório trimestral de política monetária afirmou que continuará a manter as taxas mais baixas, com o objetivo de estimular a economia. Os dados indicam desaceleração econômica, com a produção industrial e as vendas no varejo apresentando crescimento mais fraco.
No Brasil, a renda variável apresentou resultados positivos no mês, e os índices prefixados com maior duration superaram o CDI. Houve uma escalada da tensão entre Brasil e Estados Unidos, que trouxe volatilidade aos mercados: o ministro Flávio Dino decidiu que leis e ordens judiciais impostas por governos estrangeiros não devem ter efeito automático no Brasil, o que impacta a aplicação da Lei Magnitsky no país. O maior impacto foi sobre os bancos, que enfrentam o dilema de seguir com as sanções à Alexandre de Moraes e serem penalizados internamente, ou cumprirem as determinações brasileiras com o risco de sofrerem multas ou sanções internacionais. Em 2014, o BNP Paribas, maior banco da França, pagou multa de US$ 8,9 bilhões por descumprimento à Lei Magnitsky.
O IBC-Br apresentou queda de -0,1%, e ficou inferior às expectativas, e a taxa de desemprego permaneceu em patamares historicamente baixos. As contas públicas apresentaram desempenho ruim, de acordo com os dados divulgados no mês: em julho, o déficit no resultado do governo foi de R$ 59,1 bilhões, e o déficit em conta corrente foi para US$ 7,1 bilhões.
Na ata da última reunião, o Copom (Comitê de Política Monetária) voltou a destacar a necessidade de uma política monetária restritiva por um período mais prolongado, e mencionou que o ambiente global está mais adverso e incerto por conta das mudanças tarifárias. Com relação ao cenário doméstico, comentou que as expectativas de inflação melhoraram, mas permanecem acima da meta.
O IPCA de julho divulgado em agosto foi de 0,26%.O IPCA acumulado em 12 meses passou de 5,35% para 5,23%, ainda acima do teto da meta, de 4,5%.
Ao final de agosto, a mediana das expectativas para o IPCA de 2025 era de 4,85%. Para o IPCA de 2026, era de 4,31%, abaixo do teto da meta estabelecida, de 4,50%. As expectativas para 2025 caíram 0,23%, e para 2026 caíram 0,13%, continuando a trajetória de baixa apresentada nos meses anteriores.
Na renda fixa, a maioria dos índices e títulos públicos pré-fixados e pós-fixados apresentaram retornos positivos. Todos os pré-fixados superaram o CDI, e os piores resultados do mês foram dos índices pós-fixados com maior duration. Observou-se uma recomposição após as aberturas observadas quando foram anunciadas as tarifas ao Brasil.
O CDI rendeu 1,16% e a carteira de renda fixa da FASC rendeu 1,29%, ficando 0,13% acima do benchmark. O fundo do Itaú apresentou retorno de 1,33%, acima do CDI em 0,17%, enquanto o do Santander teve retorno de 1,25%, acima em 0,09% do CDI.
Para a renda variável doméstica, os resultados no mês foram positivos. O Ibovespa apresentou retorno positivo e o IBrX-100 se valorizou em 6,23%, enquanto no exterior o S&P 500 subiu 1,91%. A sinalização de que os juros americanos cairão em breve é favorável para a renda variável. Além disso, a lista de exceções para as tarifas a serem aplicadas ao Brasil foram bem recebidas dada a sua relevância na pauta de exportações aos EUA.
O fundo de renda variável do Santander obteve retorno em linha com o índice, superior em 0,11%. O resultado acumulado do fundo nos últimos 12 meses é positivo (4,69%), e superior ao IBrX em 0,66%.
O Real se valorizou frente ao Dólar em 3,14% no mês. O MSCI World em dólares se valorizou em 2,49%, o que resultou em uma desvalorização em reais de -0,72%.
O fundo de investimento no exterior do Itaú se desvalorizou em -1,29% no período, obtendo retorno inferior ao MSCI em reais em -0,57%. Nos últimos 12 meses o retorno do fundo é de 11,59%, superior ao benchmark em 2,11%.
A carteira de multimercados apresentou resultado positivo no mês, de 1,56%, superior ao CDI em 0,39%. No mês, todos os fundos ficaram positivos, e apenas um deles — o da Kinea — não superou o CDI. O acumulado nos últimos 12 meses da carteira de multimercados da FASC permanece positivo, superior ao CDI em 1,53%.
Comparativamente ao IHFA (Indice de Hedge Funds AMBIMA) que é uma referência para a indústria de Multimercados, a carteira da FASC supera este índice nos últimos 12 meses (14,41% vs 13,30%) como também em 24 meses (22,38% vs 21,19%).
mês
ano
Últ. 12 meses
Últ. 24 meses
Últ. 36 meses
Últ. 48 meses
Últ. 60 meses
Rendimento
1,17%
9,06%
12,87%
25,54%
42,62%
57,33%
60,78%
Benchmark
1,16%
9,03%
12,88%
25,53%
42,54%
57,12%
61,39%
Rendimento
1,22%
8,71%
12,69%
25,29%
41,32%
53,89%
59,19%
Benchmark
1,10%
8,72%
12,83%
26,41%
43,38%
55,71%
61,59%
Rendimento
1,31%
8,51%
11,97%
26,19%
41,02%
49,30%
57,52%
Benchmark
1,24%
8,51%
11,81%
27,33%
43,53%
51,39%
61,49%
Rendimento
2,08%
9,86%
11,37%
26,91%
40,13%
44,16%
54,46%
Benchmark
2,04%
9,87%
11,15%
28,28%
43,08%
47,55%
60,95%
mês
ano
Últ. 12 meses
Últ. 24 meses
Últ. 36 meses
Últ. 48 meses
Últ. 60 meses
1,16%
9,03%
12,88%
25,53%
42,54%
57,12%
61,39%
0,67%
5,40%
7,86%
15,54%
25,23%
33,65%
36,13%
-0,11%
3,15%
5,13%
9,59%
14,64%
24,64%
36,70%
0,00%
0,00%
00,00%
00,00%
00,00%
00,00%
00,00%
1,18%
7,61%
8,92%
17,79%
31,89%
44,91%
51,82%
6,28%
17,57%
3,98%
22,19%
29,13%
19,06%
42,32%
6,23%
17,30%
4,04%
22,76%
27,87%
17,40%
41,91%
-0,72%
-1,26%
9,47%
54,25%
66,61%
40,31%
68,74%
CDI: Certificado de Depósito Interbancário. Operação de curtíssimo prazo para captação ou aplicação de recursos excedentes entre os bancos, cuja taxa de negociação é muito próxima à Selic.
IPCA: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. É medido mensalmente pelo IBGE para identificar a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumida pela população.
IMA-B 5: o IMA-B 5 é o índice de mercado Anbima que representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos indexados ao IPCA (NTN-BS) com vencimento de até cinco anos.
Selic: a Taxa Selic representa os juros básicos da economia brasileira. É determinada pelo Banco Central do Brasil e baliza a política monetária do país.
IBOVESPA: o Ibovespa mede o desempenho médio das cotações das ações de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro.
IBRX: o Índice Brasil mede o retorno de uma carteira teórica composta pelas 100 ações mais negociadas na Bolsa de Valores.
MSCI WOLRD (PTAX): o MSCI World mede o desempenho médio de mais de 1.500 ações negociadas em diversos países. É mensurado em Dólar e convertido em Reais pela PTAX de venda, taxa de câmbio reportada pelo Banco Central do Brasil.
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31/05/2023
30/04/2023
31/03/2023
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31/12/2020
30/11/2020
31/10/2020
30/09/2020
Rendimento
1,17%
1,27%
1,10%
1,14%
1,05%
0,95%
0,99%
1,05%
0,88%
0,81%
0,93%
0,82%
0,90%
0,91%
0,80%
0,84%
0,89%
0,82%
0,81%
0,96%
0,90%
0,91%
0,99%
0,97%
1,15%
1,05%
1,09%
1,13%
0,90%
1,17%
0,93%
1,13%
1,14%
1,01%
1,04%
1,09%
1,21%
1,03%
1,02%
1,07%
0,80%
0,94%
0,75%
0,75%
0,81%
0,57%
0,47%
0,45%
0,41%
0,35%
0,30%
0,27%
0,12%
0,16%
0,05%
0,13%
0,19%
0,10%
0,09%
0,00%
Cotação
30,94260666
30,58431738
30,19959165
29,87216339
29,53533311
29,22984838
28,95366682
28,67030068
28,37166277
28,12447219
27,89726114
27,63911156
27,41316952
27,16932498
26,9246208
26,71156537
26,49031157
26,25684722
26,04349464
25,83460369
25,588933
25,36139398
25,13392235
24,88750586
24,64770431
24,36748099
24,11408697
23,85487205
23,58831014
23,37788637
23,1081399
22,89461339
22,63864113
22,38415795
22,1594093
21,93220717
21,69612595
21,43736251
21,21924351
21,00594264
20,78440023
20,62045784
20,42868891
20,27564404
20,12381014
19,96239368
19,84933778
19,75623044
19,66692227
19,58638784
19,51788116
19,46030541
19,40886185
19,38629625
19,35511493
19,34488345
19,31933667
19,28252397
19,26362757
19,24595147
Rendimento
1,22%
1,15%
1,17%
1,38%
1,28%
0,52%
0,82%
0,86%
0,86%
1,10%
0,95%
0,69%
0,89%
0,95%
1,05%
0,93%
0,52%
0,91%
0,81%
0,89%
1,08%
1,12%
0,71%
0,79%
1,01%
1,06%
1,26%
1,25%
0,85%
1,14%
0,78%
0,86%
1,06%
0,78%
1,00%
1,04%
1,13%
1,11%
0,95%
0,92%
0,65%
0,96%
0,72%
0,17%
0,89%
0,54%
0,15%
0,39%
0,28%
0,24%
0,24%
0,49%
0,41%
0,25%
-0,03%
0,05%
0,87%
0,74%
0,04%
-0,19%
Cotação
32,52692163
32,13407057
31,76974654
31,40219885
30,97533294
30,58330443
30,42564557
30,17907463
29,92051348
29,66544312
29,34153796
29,06574984
28,86533348
28,60964316
28,33960712
28,04632863
27,78854098
27,64574414
27,39706051
27,17588092
26,93541139
26,64663279
26,35192246
26,16635206
25,96106545
25,70135862
25,43200261
25,11639616
24,80561357
24,5954368
24,31838366
24,13111644
23,92445505
23,67316819
23,49027677
23,25670724
23,01699475
22,75874135
22,50936354
22,29844664
22,09615228
21,95418522
21,74621041
21,59108047
21,55513763
21,3650401
21,25002713
21,21865041
21,13603501
21,07601187
21,02489839
20,97539919
20,87219885
20,78611038
20,73384954
20,74005069
20,72987132
20,55124199
20,40087288
20,39301971
Rendimento
1,31%
1,06%
1,11%
1,84%
1,45%
0,13%
0,44%
0,86%
0,53%
1,29%
0,97%
0,37%
1,35%
1,19%
1,55%
0,79%
0,25%
0,95%
0,93%
0,52%
1,57%
2,02%
0,26%
0,66%
0,49%
1,24%
1,73%
1,36%
0,90%
0,68%
0,19%
1,25%
0,65%
0,46%
1,40%
0,82%
1,34%
1,48%
0,15%
0,69%
-0,21%
1,02%
0,38%
-0,01%
1,15%
0,00%
-0,05%
-0,20%
-0,05%
0,11%
0,04%
0,93%
0,72%
0,52%
0,07%
0,12%
1,59%
2,18%
-0,13%
-0,70%
Cotação
30,36409305
29,97001056
29,65519559
29,32980673
28,79984045
28,38724278
28,34995714
28,22589621
27,98391727
27,83639536
27,48199735
27,21807114
27,11859522
26,75851419
26,44481989
26,04024485
25,83597086
25,77271423
25,53129161
25,29579562
25,1645457
24,77482045
24,2844671
24,22036651
24,06268522
23,94459441
23,65047256
23,2484252
22,93726342
22,73277609
22,57978808
22,53585878
22,25667513
22,11265007
22,01197301
21,70894518
21,53233674
21,24771487
20,93846768
20,90718364
20,7633499
20,80628203
20,59541285
20,51782453
20,52061522
20,28762756
20,28724677
20,29705343
20,33742696
20,34808028
20,32498348
20,31657271
20,12916658
19,98477704
19,88174381
19,86823424
19,84357387
19,53389197
19,11728832
19,14239981
Rendimento
2,08%
0,23%
1,14%
1,88%
1,84%
0,95%
-0,11%
1,47%
-0,14%
0,94%
0,72%
-0,15%
2,12%
1,48%
1,82%
0,33%
-0,05%
0,77%
0,97%
-0,24%
2,26%
3,54%
-0,35%
0,57%
-0,37%
1,56%
2,63%
1,63%
1,01%
0,06%
-0,85%
1,70%
0,08%
-0,42%
2,39%
0,59%
2,09%
2,12%
-1,88%
0,94%
-1,95%
1,71%
0,21%
0,96%
1,34%
-0,52%
-1,00%
-1,06%
-0,55%
-0,37%
0,10%
1,71%
1,13%
0,59%
-0,17%
-0,13%
2,56%
3,67%
-0,23%
-1,29%
Cotação
27,80535077
27,23970075
27,17849196
26,87118022
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25,89796547
25,65429014
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25,34527176
25,10802941
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24,4473321
24,09041064
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23,5825855
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23,19078709
23,24652194
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17,76935184