Cenário Macroeconômico

O mês de julho foi marcado novamente pelas políticas tarifárias de Trump. Ao final do mês, os Estados Unidos e a União Europeia firmaram um acordo comercial que estabelece uma tarifa de 15% sobre produtos importados da Europa — inferior aos 30% anunciados inicialmente — e prevê compromissos relevantes de investimentos bilaterais. Além disso, Trump anunciou tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras, no entanto, uma lista de exceções foi apresentada; o governo estima que as exceções representam cerca de 45% do total das exportações do Brasil para os EUA. Com relação às medidas sobre o IOF, o STF validou o decreto do executivo que aumenta a alíquota, porém excluiu a incidência sobre operações de risco sacado.

Cenário Internacional

EUA

Nos EUA, a inflação IPC (Índice de Preços ao Consumidor) de junho ficou dentro das expectativas, em 0,30%, e o payroll, dado de novas contratações, ficou acima do esperado, fechando em 147.000 novas contratações contra uma expectativa de 111.000. O PIB do segundo trimestre apresentou alta e ficou acima das expectativas, com aumento de 3,00% — o esperado era uma alta 2,50%. Apesar dos dados positivos, há uma preocupação crescente com os impactos das tarifas e das políticas de migração sobre a economia americana, com potenciais impactos altistas para a inflação e contracionistas para a atividade.

No mês, em decisão dividida, o FED (Banco Central dos EUA) manteve inalterada a taxa básica de juros da economia, no intervalo de 4,25% a 4,50%; 2 dos 9 membros votaram a favor de um corte de 25 bps. Em comunicado, Jerome Powell, presidente do FED, falou que os efeitos das tarifas de Trump sobre a inflação ainda são incertos. A taxa de juros de 10 anos, que representa a expectativa para a trajetória da taxa básica de juros definida pelo FOMC (Fundo Monetário, foi de 4,23% em junho para 4,36% em julho, e o S&P 500 valorizou 2,17%.

Europa

Na Europa, o cenário continua estável, com atividade fraca e expectativas de crescimento diminuindo como efeito das tarifas. O Banco Central Europeu manteve inalterada a taxa básica de juros na reunião realizada no mês de junho, e Christine Lagarde, presidente da instituição, comunicou que o ciclo da política monetária está chegando ao fim e que o Banco Central está aguardando uma definição mais clara da questão tarifária com os Estados Unidos.

China

Na China, o Banco Central manteve inalterada a taxa básica de juros, em níveis historicamente baixos. Apesar do conflito comercial com os Estados Unidos, o PIB chines cresceu 5,2% no 2º trimestre do ano, contra uma expectativa de 5,1%; o resultado foi influenciado pelo desempenho das exportações e pela política fiscal expansionista do governo.

Cenário Nacional

No Brasil, as classes de renda variável e de renda fixa apresentaram resultados negativos no mês. O anúncio do presidente dos EUA sobre as tarifas de 50% aplicadas ao Brasil teve efeito rápido e negativo para os ativos de risco locais. O aspecto político envolvido agravou a percepção de risco do investidor externo com o risco de os países entrarem numa guerra comercial ou que os aspectos políticos pudessem piorar a situação. No final do mês o governo dos EUA aplicou exclusão da taxa para centenas de produtos, o que reduziu sensivelmente o impacto econômico esperado da medida, mesmo que permaneça relevante.

O IBC-Br apresentou queda de -0,7%, e ficou inferior às expectativas. A taxa de desemprego caiu para 5,8%, continuando a tendência de queda e batendo mínimas históricas.

Além disso, o Copom (Comitê de Política Monetária) manteve inalterada a taxa Selic, em 15%, conforme esperado. O comunicado voltou a destacar que a postura monetária restritiva será adotada por um período bastante prolongado, e mencionou que o arrefecimento da atividade econômica se tornou mais visível, apesar do mercado de trabalho apertado e da inflação acima da meta.

Classes de Ativos

Renda Fixa

Na renda fixa, todos os índices e títulos públicos pré-fixados e pós-fixados apresentaram retornos inferiores ao CDI. Os piores resultados do mês foram dos índices com maior prazo, que apresentaram retornos negativos.

O CDI rendeu 1,28% e a carteira de renda fixa da FASC rendeu 1,08%, ficando -0,20% abaixo do benchmark. O fundo do Itaú apresentou retorno de 1,07%, abaixo do CDI em -0,21%, enquanto o do Santander teve retorno de 1,13%, abaixo em -0,14% do CDI.

Renda Variável

Para a renda variável doméstica, os resultados no mês foram negativos. O Ibovespa apresentou retorno negativo e o IBrX-100 se desvalorizou em -4,18%, pressionado pelos anúncios de tarifas de Trump ao Brasil. No exterior, o S&P 500 subiu 2,17%, com as empresas americanas divulgando bons resultados.

O fundo de renda variável do Santander obteve retorno em linha com o índice, superior em 0,02%. O resultado acumulado do fundo nos últimos 12 meses é positivo (5,02%), e superior ao IBrX em (0,62%).

Exterior

O Real se desvalorizou frente ao Dólar em 2,66% no mês. O MSCI World em dólares se valorizou em 1,23%, o que resultou em uma valorização em reais de 3,92%.

O fundo de investimento no exterior do Itaú se valorizou em 5,25% no período, obtendo retorno superior ao MSCI em reais em 1,33%. Nos últimos 12 meses o retorno do fundo é de 15,53%, superior ao benchmark em 2,61%.

Multimercados

A carteira de multimercados apresentou resultado positivo no mês, de 0,04%, abaixo do CDI em 1,24%. No mês, apenas um dos fundos foi superior ao benchmark, o da Oceana, com excesso de retorno de 0,10%. Os fundos com retorno positivo foram os da Kinea, Oceana, Ace e o Itaú Janeiro. O acumulado nos últimos 12 meses da carteira de multimercados da FASC e permanece positivo (13,53%), superior ao CDI em 0,98%.

Comparativamente ao IHFA (Indice de Hedge Funds AMBIMA) que é uma referência para a indústria de Multimercados,  a carteira da FASC supera este índice nos últimos 12 meses (13,53% vs 11,70%) como também em 24 meses (20,45% vs 17,67%).

Cenário
Desempenho e Rentabilidade | Plano CD

Julho/2025

Super Conservador
1,27%
Conservador
1,15%
Moderado
1,06%
Agressivo
0,23%
Período


mês
ano
Últ. 12 meses
Últ. 24 meses
Últ. 36 meses
Últ. 48 meses
Últ. 60 meses

Super Conservador

Rendimento
1,27%

7,80%
12,57%
25,51%
42,67%
56,15%
59,12%

Benchmark
1,28%
7,78%
12,55%
25,49%
42,56%
55,98%
59,79%

Conservador

Rendimento
1,15%
7,40%
12,32%
25,03%
41,20%
52,47%
57,34%

Benchmark
1,36%
7,54%
12,62%
26,45%
43,19%
54,57%
59,95%

Moderado

Rendimento
1,06%
7,10%
12,00%
25,16%
41,06%
47,29%
55,18%

Benchmark
1,25%
7,18%
11,98%
26,65%
43,14%
49,74%
58,94%

Agressivo

Rendimento
0,23%
7,62%
11,42%
23,87%
40,15%
40,45%
50,60%

Benchmark
0,38%
7,68%
11,29%
25,59%
42,73%
44,13%
56,42%

Alocação Objetivo dos Perfis – Política de Investimentos (2025)
Super Conservador
Conservador
Moderado
Agressivo
Índices de Referência
Período

mês
ano
Últ. 12 meses
Últ. 24 meses
Últ. 36 meses
Últ. 48 meses
Últ. 60 meses

Selic

1,28%
7,78%
12,55%
25,49%
42,54%
55,98%
59,79%

CDI

1,28%
7,78%
12,55%
25,49%
42,54%
55,98%
59,79%

Poupança

0,68%
4,70%
7,75%
15,59%
25,31%
33,16%
35,39%

IPCA

0,26%
3,26%
5,23%
9,96%
14,35%
25,86%
37,18%

IBOVESPA

-4,17%
10,63%
4,25%
9,13%
28,99%
9,25%
29,31%

IBRX

-4,18%
10,42%
4,40%
9,78%
27,77%
6,92%
29,08%

MSCI WORLD

3,92%
-0,55%
12,92%
57,16%
60,25%
45,26%
90,39%

Selic: a Taxa Selic representa os juros básicos da economia brasileira. É determinada pelo Banco Central do Brasil e baliza a política monetária do país.

CDI: Certificado de Depósito Interbancário. Operação de curtíssimo prazo para captação ou aplicação de recursos excedentes entre os bancos, cuja taxa de negociação é muito próxima à Selic.

IPCA: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. É medido mensalmente pelo IBGE para identificar a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumida pela população.

IBOVESPA: o Ibovespa mede o desempenho médio das cotações das ações de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro.

IBRX: o Índice Brasil mede o retorno de uma carteira teórica composta pelas 100 ações mais negociadas na Bolsa de Valores.

MSCI WOLRD (PTAX): o MSCI World mede o desempenho médio de mais de 1.500 ações negociadas em diversos países. É mensurado em Dólar e convertido em Reais pela PTAX de venda, taxa de câmbio reportada pelo Banco Central do Brasil.

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