Cenário Macroeconômico

No mês de março os mercados globais atravessaram mais um momento de forte volatilidade, ocasionado pelo novo choque na política comercial dos Estados Unidos. Apesar disso foi um mês
positivo para os mercados de renda variável e renda fixa no Brasil, e bem negativo para os mercados americanos.

Os anúncios de Donald Trump relacionados à elevação de tarifas de importação, com implementação de taxas recíprocas como forma de “compensar” o que considera serem práticas comerciais desleais de outros países, foram vistos de forma negativa pelo mercado, o que se refletiu em uma queda significativa dos índices de bolsa norte-americanos. O destaque no Brasil foi a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que elevou em 1% a taxa Selic e indicou que o cenário ainda é adverso.

Cenário Internacional

EUA

Nos EUA, o FED (Banco Central dos EUA) manteve os juros no intervalo entre 4,25% e 4,50%, e no comunicado indicou ser mais provável realizar mais dois cortes de 0,25% até o final do ano. Além disso, refletindo os efeitos das tarifas anunciadas pelo governo, o Banco Central dos EUA reduziu a expectativa de crescimento do PIB (de 2,1% para 1,7%) e elevou a expectativa de inflação (de 2,5% para 2,8%).

Europa

Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) reduziu a taxa básica de juros em 0,25%, para 2,5%. Em comunicado, membros do BCE destacaram que está ocorrendo desinflação, mas os preços de serviços e salários continuam elevados e que o aumento de tarifas dos EUA pode trazer pressões no futuro.

China

Na China, os dados econômicos— como as vendas no varejo, a produção industrial e os investimentos em ativos fixos— mostram sinais de recuperação na atividade, ficando acima das expectativas. A inflação continua indicando uma tendência
deflacionária. O banco central chinês manteve inalterada a taxa básica de juros, e afirmou que fará cortes no momento apropriado.

Cenário Nacional

Brasil

No Brasil, o PIB de 2024 divulgado em março, apresentou crescimento de 3,4%, levemente inferior às expectativas que previam 3,5%. A taxa de desemprego aumentou, mas continua em patamar historicamente baixo. Além disso, o governo anunciou novas medidas para ampliar o acesso ao crédito, por meio do consignado privado com o FGTS como garantia.

Classes de Ativos

Renda Fixa

Na renda fixa, a maioria dos índices e títulos públicos pré-fixados e pós-fixados apresentaram retorno positivo, superiores ao CDI.

O CDI rendeu 0,96% e a carteira de renda fixa da FASC rendeu 0,86%, ficando 0,10% abaixo do benchmark. O fundo do Itaú apresentou retorno de 0,82%, abaixo do CDI em 0,14%, enquanto o do Santander teve retorno de 0,99%, acima em 0,03% do CDI.

Renda Variável

Para a renda variável doméstica, os resultados no mês foram positivos. O Ibovespa apresentou retorno positivo e o IBrX-100 se valorizou em 5,94%. O índice Preço/Lucro do Ibovespa ao final do mês fechou em 9,51x, maior do que os 9,37x apresentados no final do mês passado. No exterior, o S&P 500 caiu -5,75%. O anúncio de tarifas pelo governo de Donald Trump foi o principal causador da discrepância entre os resultados da bolsa dos EUA e a de outros países, como o Brasil.

O fundo de renda variável do Santander obteve retorno em linha com o índice, superior em 0,05%. O resultado acumulado do fundo nos últimos 12 meses é positivo (2,62%), e superior ao IBrX em 0,57%.

Exterior

O Real se desvalorizou frente ao Dólar em 0,32% no mês. O MSCI World em dólares se desvalorizou em -0,81%, o que resultou em uma desvalorização em reais de -0,50%. O MSCI ACWI em dólares se desvalorizou em -0,70%, o que resultou em uma desvalorização em reais de -0,38%.

O fundo de investimento no exterior do Itaú se desvalorizou em -1,53% no período, obtendo retorno inferior ao MSCI em reais em 1,03%. Nos últimos 12 meses o retorno do fundo é de 35,81%, superior ao benchmark em 1,48%.

Multimercado

A carteira de multimercados apresentou resultado negativo no mês, de -0,37%, abaixo do CDI em 1,33%. No mês, nenhum fundo superou o CDI. Dois entre os seis de nossa carteira de fundos tiveram resultado positivo, os da Oceana e da Absolute, com retorno de 0,59% e 0,14% respectivamente. O acumulado nos últimos 12 meses da carteira de multimercados da FASC permanece positivo, mas inferior ao CDI em -2,93%.

Cabe salientar que comparativamente ao IHFA (Indice de Hedge Funds AMBIMA) que é uma referência para a indústria de Multimercados, a carteira da FASC supera este índice nos últimos 12 meses (9,56% vs 6,16%) como também em 24 meses (16,93% vs 15,88%).

Cenário
Desempenho e Rentabilidade | Plano CD

Março/2025

Super Conservador
0,95%
Conservador
0,52%
Moderado
0,13%
Agressivo
0,95%
Período


mês
ano
Últ. 12 meses
Últ. 24 meses
Últ. 36 meses
Últ. 48 meses
Últ. 60 meses

Super Conservador

Rendimento
0,95%
3,02%
11,32%
25,03%
41,75%
50,78%
53,27%

Benchmark
0,96%
2,99%
11,28%
25,02%
41,63%
50,76%
54,12%

Conservador

Rendimento
0,52%
2,22%
10,63%
24,35%
39,31%
47,13%
53,19%

Benchmark
0,72%
2,58%
11,62%
25,76%
41,80%
49,27%
55,60%

Moderado

Rendimento
0,13%
1,44%
10,14%
24,87%
36,44%
42,04%
58,18%

Benchmark
0,47%
2,00%
11,15%
26,78%
39,42%
44,64%
62,33%

Agressivo

Rendimento
0,95%
2,32%
9,76%
26,02%
32,14%
36,99%
62,07%

Benchmark
1,25%
2,83%
10,65%
28,34%
35,23%
40,46%
68,61%

Alocação Objetivo dos Perfis – Política de Investimentos (2025)
Super Conservador
Conservador
Moderado
Agressivo
Índices de Referência
Período

mês
ano
Últ. 12 meses
Últ. 24 meses
Últ. 36 meses
Últ. 48 meses
Últ. 60 meses

Selic

0,96%
2,99%
11,28%
25,02%
41,63%
50,76%
54,12%

CDI

0,96%
2,99%
11,28%
25,02%
41,63%
50,76%
54,11%

Poupança

0,61%
1,92%
7,36%
15,52%
25,25%
30,57%
32,79%

IPCA

0,56%
2,04%
5,48%
9,62%
14,72%
27,68%
35,47%

IBOVESPA

6,08%
8,29%
1,68%
27,85%
8,55%
11,68%
78,39%

IBRX

5,94%
8,17%
2,04%
27,74%
7,24%
10,23%
78,76%

MSCI WORLD

-6,38%
-9,25%
21,35%
46,93%
44,05%
30,07%
116,33%

Selic: a Taxa Selic representa os juros básicos da economia brasileira. É determinada pelo Banco Central do Brasil e baliza a política monetária do país.

CDI: Certificado de Depósito Interbancário. Operação de curtíssimo prazo para captação ou aplicação de recursos excedentes entre os bancos, cuja taxa de negociação é muito próxima à Selic.

IPCA: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. É medido mensalmente pelo IBGE para identificar a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumida pela população.

IBOVESPA: o Ibovespa mede o desempenho médio das cotações das ações de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro.

IBRX: o Índice Brasil mede o retorno de uma carteira teórica composta pelas 100 ações mais negociadas na Bolsa de Valores.

MSCI WOLRD (PTAX): o MSCI World mede o desempenho médio de mais de 1.500 ações negociadas em diversos países. É mensurado em Dólar e convertido em Reais pela PTAX de venda, taxa de câmbio reportada pelo Banco Central do Brasil.

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